top of page
Buscar

Garantir a vitória de Lula no primeiro turno é imperioso

Por Marcos Rocha, diretor da Fábrica de Imagens - ações educativas em cidadania e gênero

Votar em Luís Inácio Lula da Silva e garantir sua vitória na disputa presidencial logo no primeiro turno, é imperioso. E, defender essa ideia, é uma decisão política que não fere a ética e que está em consonância com o que o Brasil mais precisa hoje, depois de comida no prato, que é assegurar urgentemente o alvorecer de um tempo no qual o direito de irmos e virmos pelos nossos passos, pensamentos e vozes se restabeleça, sem corrermos o risco de termos nossos corpos agredidos e nossas vidas ceifadas.


Não falamos em voto útil, termo utilizado sempre pejorativamente. Falamos de um voto nobre, mas também pragmático. A eleição está entre Lula e Bolsonaro. Isso está estabelecido. Nesse sentido, votar em Lula e elegê-lo logo no primeiro turno é pragmático porque das duas opções postas, Lula é aquela que aponta para um horizonte mais conectado com os direitos, com a justiça socioeconômica, com o respeito e afirmação da dignidade das pessoas, enfim, com um projeto de reconstrução do tecido social brasileiro baseada no diálogo e na civilidade. Bolsonaro representa, exatamente, o oposto; é a incivilidade, é a barbárie.


Votar em Lula no primeiro turno e elegê-lo agora é um ato de nobreza, especialmente por parte daquele e daquela que inicialmente votariam em outros/as candidatos/as, mas abdicam desse/dessa opção por compreenderem que o prolongamento dessa disputa só contribui mais para o esgarçamento social, para o aumento da violência política, para a intensificação das ameaças contra pessoas e contra as instituições. O que está em jogo, mais que nunca, é mais que uma orientação política, mais que uma posicionalidade (ser ou não petista), é o destino do nosso país e isso não é uma mera frase de efeito.


Lembremos que a eleição em dois turnos é uma possibilidade, não é uma obrigatoriedade. Não nos tornamos mais democráticos quando resolvemos o pleito somente no segundo turno. E em condições normais dentro desse Estado democrático-burguês de direito, jamais sugeriríamos um movimento no sentido desse voto nobre-pragmático. Eleger Lula no primeiro turno tenderá a esfriar qualquer arroubo golpista de Bolsonaro, considerando ainda que não podemos subestimar esses arroubos.


Mais uma coisa. É inteligível a luta de Ciro Gomes e Simone Tebet por manterem seu eleitorado e brigar, como e quanto possam, para até ampliá-lo, mas não é razoável que seus eleitores e eleitoras tenham que corresponder a essas necessidades e expectativas. De outro modo e para sermos francos, nesse momento, Ciro e Tebet estão realmente envolvidos e empenhados em saber com qual tamanho, como figuras públicas, sairão dessa disputa. Ciro, que já perdeu metade do seu capital político, luta para não perder mais e terminar a disputa pelo menos como terceira força. Tebet e sua campanha almejam ocupar esse espaço para, talvez, ser lançada como candidata a presidência daqui a quatro anos.


A pergunta que fazemos a você eleitor ou eleitora de Ciro e Tebet é a seguinte: o que vocês têm a ver com essas expectativas e cálculos de sobrevivência ou fortalecimento político de Ciro e Tebet? São expectativas e cálculos que nada têm a ver com a vida real que estamos vivendo, nem com os perigos que pessoas que pensam diferente de Bolsonaro estão sendo submetidas, nem com as mais de 33 milhões de pessoas que passam fome no Brasil, mais outras tantas milhões que vivem em insegurança alimentar.


A Fábrica de Imagens – ações educativas em cidadania e gênero defende esse voto cidadão, nobre e pragmático em Luís Inácio Lula da Silva, comprometendo-se a partir de sua eleição não descansar, nem arrefecer da tarefa de empurrar o futuro governo na direção das mudanças estruturais socioeconômicas e políticas que precisamos.

bottom of page